Como se preparar para as auditorias de 2026: tendências de conformidade que já começam em 2025
- Fábio Campelo
- há 5 horas
- 3 min de leitura

Se existe uma verdade no mundo da qualidade é que auditorias nunca chegam realmente “de surpresa”. Mesmo quando o auditor bate na porta, os requisitos que ele vai verificar já estavam sendo construídos nos meses anteriores.
Os padrões de conformidade continuam evoluindo, e o que será cobrado em 2026 começa a ganhar força em 2025. As empresas que observam essas mudanças desde cedo entram no próximo ciclo muito mais preparadas, sem sustos e sem retrabalho.
As auditorias vêm ampliando o foco em rastreabilidade digital, precisão metrológica, consistência documental e coerência entre operação e registros. Com isso, a preparação deixou de ser uma atividade pontual e passou a ser um processo estratégico contínuo.
Este artigo apresenta as principais tendências que devem influenciar as auditorias de 2026 e mostra como sua empresa pode começar a se ajustar desde já.
1. Por que as auditorias de 2026 tendem a ser mais rigorosas
1.1. Avanço da rastreabilidade digital
A quantidade de informações geradas nos ambientes industriais e hospitalares só cresce. Isso tem levado auditores — de ISO, ANVISA e ONA — a valorizarem registros:
mais completos,
padronizados,
fáceis de rastrear,
e com integridade verificável.
Certificados digitais, QR Codes, logs automáticos, sistemas integrados e metadados já não são mais diferenciais; estão se tornando práticas amplamente recomendadas.
1.2. Risco operacional associado a falhas metrológicas
Normas como ISO 9001 e ISO/IEC 17025 reforçam o pensamento baseado em risco.
Isso significa que um instrumento fora de tolerância deixa de ser apenas um erro técnico e passa a ser uma possível fonte de impacto real em:
processos térmicos,
cadeia do frio,
controle de qualidade,
indústria farmacêutica,
manipulação hospitalar.
Auditores têm dado atenção não apenas ao certificado, mas ao impacto do desvio metrológico sobre o processo.
1.3. Documentação mais consistente e rastreável
As normas atuais privilegiam menos volume de papel e mais precisão técnica. O foco passa a ser:
organização clara dos dados,
histórico confiável,
controle de versões,
justificativas técnicas bem registradas,
coerência entre registros e execução.
2. Tendências de conformidade de 2025 que já afetam as auditorias de 2026
2.1. Digitalização acelerada de processos metrológicos
Empresas com processos metrológicos digitalizados têm:
menos retrabalho,
menos perda de documentos,
maior velocidade em auditorias,
maior confiabilidade nas análises.
2.2. Protocolos térmicos mais estruturados e análises mais densas
Especialmente em setores regulados como saúde e alimentos, a tendência é clara:
revisões anuais,
relatórios mais completos,
mapas térmicos atualizados,
coleta de dados mais densa e automatizada.
Auditores também estão avaliando se a empresa entende o próprio processo térmico, e não apenas entrega o relatório pronto.
2.3. Convergência entre requisitos ISO, ANVISA e ONA
Embora cada norma tenha seus próprios requisitos, observa-se na prática um alinhamento crescente em três pilares:
Documentação rastreável
Evidências metrológicas robustas
Coerência entre dados e operação real
Isso exige processos mais integrados, especialmente em instituições de saúde e indústrias com equipamentos críticos.
3. O que sua empresa deve fazer ainda em 2025 para chegar forte em 2026
3.1. Criar um calendário metrológico inteligente
Sair da lógica do “prazo de calibração” e avançar para uma abordagem estratégica:
análise de criticidade dos instrumentos,
priorização dos equipamentos-chave,
alinhamento com paradas de produção,
redução de gargalos operacionais.
3.2. Revisar e atualizar protocolos térmicos
As auditorias devem aprofundar a avaliação de:
estabilidade térmica,
pontos críticos do processo,
análises comparativas entre ciclos,
confiabilidade dos sensores utilizados.
Se seus protocolos e critérios técnicos estão desatualizados, 2025 é o momento ideal para revisar.
3.3. Digitalizar evidências e histórico de conformidade
Certificados soltos em PDF ou e-mails dispersos não atendem mais às melhores práticas.
Invista em:
sistemas de gestão metrológica,
dashboards de conformidade,
histórico centralizado,
rastreamento baseado em dados confiáveis.
Essa organização reduz riscos de não conformidade e acelera auditorias.
3.4. Realizar auditorias internas mais completas
O foco deve ser:
impacto do desvio metrológico,
coerência entre registros e operação,
indicadores de desempenho dos instrumentos,
conformidade contínua e não apenas pontual.
O ideal é simular exatamente a profundidade que um auditor externo adotaria.
4. O que pode acontecer se você deixar para a última hora
Empresas que só “correm atrás” no período de auditoria tendem a enfrentar:
não conformidades repetitivas,
custos emergenciais mais altos,
necessidade de paradas inesperadas,
relatórios inconsistentes,
perda de rastreabilidade,
riscos de impacto na certificação.
Preparar-se com antecedência é sempre mais barato do que corrigir.
Conclusão
As auditorias de 2026 começam agora.Os requisitos que serão avaliados no próximo ciclo estão se consolidando ao longo de 2025 — e as empresas que se antecipam conseguem:
auditorias mais leves,
processos mais estáveis,
riscos reduzidos,
documentação sólida,
maior credibilidade perante clientes e órgãos reguladores.
Se você deseja começar 2026 com segurança, previsibilidade e conformidade fortalecida, a DANMETRO está pronta para apoiar sua operação com serviços metrológicos, qualificações térmicas e consultoria técnica especializada.
Pronto para elevar sua conformidade e reduzir riscos? Fale com a DANMETRO e prepare sua empresa para auditorias realmente tranquilas.




Comentários