Unidades de Medida Antigas: Descubra Como Civilizações Mediam Tempo e Espaço
- DANMETRO
- 5 de nov. de 2024
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As primeiras unidades de medida surgiram de forma muito prática, baseadas nas necessidades cotidianas das civilizações antigas. Povos como os egípcios e babilônios utilizavam partes do corpo humano como referência para medir distância, peso e tempo. Estas medições, apesar de imprecisas segundo os padrões modernos, foram essenciais para o desenvolvimento da agricultura, construção e comércio.
Egito: O Côvado e a Medição de Distâncias
No Egito Antigo, uma das principais unidades de comprimento era o côvado (ou cúbito), uma medida baseada na distância do cotovelo até a ponta do dedo médio. Esse método surgiu há cerca de 4.000 anos e era usado em construções monumentais, como as pirâmides. O côvado real, padronizado em um bloco de granito, equivalia a 52,4 centímetros e possuía subdivisões detalhadas: 28 dedos formavam um cúbito, enquanto 4 dedos formavam uma palma. Essa padronização era tão precisa que a Pirâmide de Gizé, construída com base nesse sistema, apresenta variações mínimas de medidas entre seus lados.
Além do côvado, os egípcios também usavam o palmo, que era a distância entre o polegar e o dedo mindinho com a mão esticada, e o pé, embora não fosse padronizado. Essa abordagem facilitava a comunicação de distâncias para todos os envolvidos nas construções e nas transações comerciais, já que as partes do corpo estavam sempre disponíveis como referência.
Babilônia: O Kus e as Unidades de Peso
Na Babilônia, outro centro de inovação, o sistema de medidas também se baseava no corpo humano, embora com algumas diferenças em relação ao egípcio. A unidade básica de comprimento babilônica era o kus, equivalente a 53 centímetros, um pouco mais longo que o côvado egípcio. Assim como os egípcios, os babilônios subdividiam o kus em partes menores, como o shusi, que representava 1/30 de um kus. Outra medida bastante usada era o pé babilônico, que correspondia a 2/3 de um kus. Além de unidades de comprimento, os babilônios também contribuíram com o desenvolvimento de sistemas de medida de peso. O mina, por exemplo, era uma unidade de massa usada para transações comerciais, equivalendo a aproximadamente 640 gramas. Também havia o siclo (ou shekel), que servia tanto como uma unidade de peso quanto como moeda, sendo amplamente utilizado por diversas civilizações ao longo da história.
Tempo: Medição nas Civilizações Antigas
Além das medidas de comprimento e peso, as antigas civilizações também desenvolviam formas de medir o tempo. Os babilônios e sumérios, por exemplo, foram pioneiros no desenvolvimento de calendários e na divisão do dia. Eles dividiam o ano em 12 meses de 30 dias, e o dia em 12 partes de duas horas cada, cada uma subdividida em 30 segmentos (aproximadamente quatro minutos). Este sistema sexagesimal, com base no número 60, ainda influencia a maneira como dividimos o tempo hoje, como o uso de 60 minutos em uma hora.
Já no Egito, o relógio de sol foi uma das principais ferramentas para medir o tempo. Este dispositivo, que remonta a 1.500 a.C., era usado para determinar a passagem das horas a partir da posição da sombra projetada pelo sol. Também foram introduzidos o relógio de água, ou clepsidra, que funcionava de maneira semelhante à ampulheta e era utilizado para marcar o tempo durante a noite
Influência e Padronização
Conforme o comércio e a interação entre as civilizações cresciam, tornou-se essencial criar padrões de medição mais consistentes. Os egípcios, por exemplo, padronizaram o cúbito real como referência para todos os outros. O comércio entre diferentes civilizações, como os fenícios, gregos e babilônios, facilitou a disseminação e adaptação dessas unidades de medida, permitindo que diferentes regiões usassem sistemas semelhantes para facilitar as trocas comerciais
Os romanos, que sucederam os gregos, adotaram o pé como unidade padrão de comprimento, uma medida que perdurou até os dias de hoje em países como os Estados Unidos e Reino Unido. O pé romano era dividido em 12 polegadas, e foi a base para a criação da jarda e da milha, que ainda são usadas em diversos contextos, principalmente no sistema imperial
As primeiras unidades de medida, baseadas no corpo humano, foram fundamentais para o desenvolvimento das primeiras civilizações. Embora essas unidades variassem de um lugar para outro, a padronização e adaptação dessas medidas facilitaram o crescimento do comércio e o desenvolvimento de grandes obras arquitetônicas. O legado dessas civilizações antigas pode ser visto ainda hoje, tanto no uso de medidas como o pé, a polegada e o segundo, quanto nos padrões de precisão que elas introduziram e que influenciam a nossa sociedade atual.
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Por que as primeiras unidades de medida eram baseadas no corpo humano?
As primeiras civilizações, como os egípcios e babilônios, usavam partes do corpo humano para medir distâncias e pesos por ser uma referência prática e sempre disponível. Medidas como o côvado (a distância do cotovelo ao dedo médio) e o pé facilitavam as construções e transações comerciais na época.
Como os egípcios padronizavam suas medições?
Os egípcios padronizaram suas unidades de medida com o uso de blocos de granito, como o côvado real, equivalente a cerca de 52,4 cm. Esta padronização era fundamental para a precisão das construções, como as pirâmides.
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Os sistemas de medição antigos ainda influenciam os atuais?
Sim, muitas unidades de medida modernas, como o pé e a polegada, têm raízes nas medidas antigas usadas por romanos, egípcios e babilônios. Embora o sistema métrico seja o mais utilizado hoje, o sistema imperial ainda é influente em alguns países.
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